Mineradora abre instalações para vistoria técnica e obtém inédita certificação de ‘Ambiente Seguro e Saudável’
Mineração Taboca se preparou para segunda onda de Covid-19 e conta agora com Certificação A2S, emitida pela Fundação Vanzolini
Ser identificada como ‘atividade essencial’ pelo governo federal permitiu à indústria da mineração manter a produção durante a pandemia, desde que adotasse rígidos controles em seus ambientes em prol da segurança das pessoas. O setor respondeu positivamente e foi um dos que gerou receitas importantes para a estabilidade econômica durante 2020, enquanto outros passaram por lockdown e registraram forte retração. Diante do desafio de enfrentar uma eventual 2ª onda da pandemia, as mineradoras procuram ir além das exigências das autoridades.
É o caso da Mineração Taboca, do grupo peruano Minsur, principal produtora de estanho no Brasil, e também de ferro-ligas de nióbio e tântalo. Com unidades no Amazonas e no interior de São Paulo, a companhia investiu severamente na segurança à saúde no ambiente de trabalho – e também fora dele – e acaba de ser a primeira mineradora a conquistar a certificação A2S de "Ambiente Seguro e Saudável" no enfrentamento à pandemia da Covid-19.
A certificação A2S é emitida pela Fundação Vanzolini, criada e gerida por professores do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade São Paulo (USP) e considerada uma das principais certificadoras de normas do País.
Companhia paralisou produção 1 mês para adaptar ambientes de trabalho
A preocupação inicial da mineradora, desde o início da pandemia, era criar e manter um ambiente limpo, higienizado, seguro e confiável para os trabalhadores e outros públicos que precisam frequentar suas instalações. Chegou, inclusive, a paralisar a produção mineral durante todo o mês de abril, período em que os ambientes de trabalho foram preparados para receber seu pessoal no período de retomada a partir de maio, de acordo com diretrizes que favorecessem o distanciamento social e a higiene pessoal, entre outras questões. Colocou assim, os recursos humanos, em um patamar superior aos recursos financeiros. E os resultados positivos vieram.
Desde o período inicial da pandemia, a Mineração Taboca também passou a fomentar campanhas com orientações a seus empregados sobre medidas de prevenção e combate à covid na empresa e no ambiente externo, estendendo essa capacitação contínua aos familiares dos funcionários, e, assim, multiplicou os efeitos da proteção. Os gestores da mineradora acreditam terem impactado positivamente cerca de 8.000 pessoas, contando com a população das comunidades próximas, com essas orientações. “O engajamento dos empregados ao esforço corporativo contra a pandemia foi fundamental para o sucesso de nossas iniciativas”, afirma José Flávio Alves, diretor de Recursos Humanos da Mineração Taboca.
O passo seguinte foi investir em uma estratégia mais arrojada para reforçar o compromisso da companhia com a segurança das pessoas por meio de uma certificação reconhecida. Assim, a Mineração Taboca decidiu abrir as instalações para uma criteriosa avaliação técnica externa, com acompanhamento de todos os procedimentos e ações preventivas realizadas pela companhia nos últimos meses, voltadas a assegurar a manutenção de suas operações, e a promoção de todos os protocolos de testes e procedimentos para garantir a segurança de seus colaboradores e visitantes.
Na opinião de José Flávio, a conquista da certificação veio para coroar os resultados das dezenas de medidas preventivas à covid-19 adotadas pela empresa desde março passado, quando a Organização Mundial de Saúde reconheceu a contaminação como pandemia global.
“O cuidado da companhia com a saúde gerou confiança entre os empregados em frequentar o local de trabalho e o retorno total das equipes à atuação presencial ocorreu já em agosto deste ano. Nenhum caso de contaminação pela covid-19 mais grave foi registrado desde então”, afirma. Anteriormente, a Taboca tinha registrado a morte de um empregado e dois casos de internação – todos receberam amplo suporte da empresa, informa o dirigente.
A Taboca emprega 2.550 pessoas e na pandemia não dispensou nenhum funcionário.
Resultado financeiro em 2020, mesmo com pandemia, foi positivo
Além de abrir mão do faturamento do mês de abril em prol das ações de melhoria e adaptação dos ambientes de trabalho, a Mineração Taboca investiu R$ 23 milhões para criar protocolos protetivos e preventivos e como consequência obter a certificação junto à Fundação Vanzolini. Ela tem validade de três anos e precisa ser reconfirmada anualmente por meio de auditorias. Será uma espécie de ‘seguro’ para enfrentar 2021, um ano considerado, desde já, difícil pela companhia, em razão de como será a recuperação da economia mundial e das incertezas geradas pela pandemia.
Agora mesmo, em dezembro, as tais ‘incertezas’ já deram um sinal do que pode vir por aí: o aumento de casos de covid-19 na capital paulista levanta suspeitas de uma 2ª onda do vírus e fez com que a Taboca resolvesse, por precaução, voltar com seus funcionários do escritório para home office. A direção da mineradora, no entanto, está otimista: acredita que a vacinação vai ser eficiente para que o pais vença a pandemia ao longo de 2021.
Apesar da forte queda nos preços de seus produtos e da parada de um mês de produção, o fato é que a Mineração Taboca encerra 2020 com um desempenho pouco superior ao de 2019, com forte influência da valorização do dólar nos resultados da exportação de seus produtos ao mercado internacional. A certificação obtida agora será importante para abrir ainda mais espaços nesse mesmo mercado, acreditam os gestores da mineradora.
Certificação A2S é estratégica para proteger pessoas e preservar boa reputação da empresa
A Mineração Taboca afirma que a certificação irá, também, preservar a boa reputação da companhia, ao posiciona-la estrategicamente entre as mais sustentáveis com atuação no Brasil perante o mercado internacional, comprador de seus produtos. Este é um ‘selo de qualidade’ importante, ainda mais pelo fato de a companhia atuar na região amazônica e também porque os clientes exigem que a produção siga critérios internacionais de sustentabilidade.
Certificação é instrumento para ser uma das empresas mais seguras para se trabalhar
Na prática, a certificação é um reconhecimento público, por especialistas, de que suas várias iniciativas de prevenção e combate ao vírus são eficazes para estruturar ambientes de trabalho seguros às pessoas. Assim, a Taboca pode ser considerada uma das empresas mais seguras para se trabalhar no Brasil em relação à pandemia, ressalta José Flávio.
A inspeção dos ambientes de trabalho, pela Fundação Vanzolini, em Presidente Figueiredo (AM), a 107km de Manaus (AM), onde está a mina de Pitinga, e em Pirapora do Bom Jesus (SP), nas proximidades da capital paulista, onde está a unidade de metalurgia da Mineração Taboca, seguiu padrões rígidos de avaliação técnica.
Somente na última vistoria, foram inspecionados 68 itens no ambiente de trabalho – desde a gestão de limpeza e condições sanitárias das instalações, a adequação às condições de trabalho, políticas internas e monitoramento da qualidade do ar nos ambientes, dentre outros – que atestam o cumprimento de padrões e critérios internacionais pela Taboca. Já a unidade industrial de São Paulo recebeu a categoria máxima de cinco estrelas da certificação.
Engajamento da força de trabalho é essencial para enfrentar 2ª onda
O envolvimento da força de trabalho foi essencial para que a política corporativa anti-covid desse certo na Taboca. Entre várias iniciativas, a companhia organizou e envolveu seus empregados na campanha "Juntos Iremos Vencer". Sob este selo foram conduzidas medidas diversas, como a readequação dos espaços internos, a testagem de todos os empregados próprios e terceirizados, a ampliação da frota de transporte, campanhas institucionais, a implantação do sistema de trabalho remoto e a implantação do comitê de prevenção.
Na visão da Mineração Taboca, o comportamento das pessoas no ambiente de trabalho e fora dele é um diferencial importante para influenciar a qualidade das medidas anti-covid e enfrentar com seriedade a eventual 2ª onda. Tanto é assim, que a companhia também agiu junto às comunidades com as quais mantém contato direto. Em Presidente Figueiredo, por exemplo, doou várias cestas básicas para a população das áreas rurais e também comprou e doou equipamentos e insumos para a produção local de máscaras de tecido, que tiveram distribuição gratuita, a partir de contatos com a prefeitura. A empresa ainda forneceu kits de testes rápidos para a prefeitura local voltados a atender seus profissionais de saúde e os de segurança pública.
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